quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cárcere consciente


Depois de um silencio de quase dois meses, resolvi tentar expor um pouco do que se passa comigo.
A confusão de pensamentos continua, assim como fazer aniversário, virar o ano me faz pensar e repensar no que tem se resumido a minha vida, quando dou conta que o ano passou e não saí do lugar, que não tenho expectativas e nem um plano para fazer que o ano seguinte seja diferente, eu fico decepcionada comigo mesma e revoltada com esse conformismo, afinal vivo a mesma historia por anos, e isso não é culpa de ninguém é um desejo só meu, e meu maior medo é que ele seja único e eterno.
Preciso desabafar, chorar, gritar, ficar sozinha ou ganhar um abraço, mas porque é tão difícil admitir que sou um ser humano, que tenho sentimentos e até lagrimas?
É mais fácil mentir, que sou forte, não admitir uma falha, uma demonstração de sentimento ou de dor, é melhor ficar com tudo engasgado e vomitar onde ninguém possa ver, onde a única testemunha seja eu mesma, onde só eu arque com as conseqüências, e agüente calada, firme, implacável, guardiã de um crime que é só meu, tornando-me o juiz que sentencia culpada.

Um comentário:

  1. Cárcere conhecido. O mundinho que criamos p/ nós mesmos. Aquele lugar horrível, imundo, cheio de ratos, do qual não conseguimos nos livrar (ainda). A libertação é um processo, e apesar de parecer impossível, não é. É possível sim, mas como tudo na vida, ela ocorre através de um processo, onde é necessário abrir mão de muitas coisas às quais nos apegamos ao longo dos últimos anos. Muitas vezes neste processo é necessário falarmos nos momentos em que permanecíamos calados e calar quando costumávamos falar. Difícil? Muito. Doloroso? Demais. Mas que aprendamos a escolher a dor da mudança para vermos dias melhores no lugar da velha dor da acomodação. Queria mto já estar colocando tudo isso em prática... mas quero aprender e espero conseguir. E vc tb conseguirá! Força, amiga. Bjinhos.

    ResponderExcluir